quinta-feira, 23 de abril de 2009

Romantismo



Frei Luís de Sousa é uma obra típica do Romantismo Português, não só pela sua linguagem (exclamações, reticências, interrogações) também pelos comportamentos emocionais das personagens.
A presença do Amor desencadeia a tragédia e sobretudo o pecado, duas grandes características do Romantismo Português. O confronto entre o indivíduo e a sociedade (Individualismo) é sobretudo visível em D. Madalena, quando se impacienta com a atitude dos governadores quererem habitar o seu palácio. A religião aparece para suavizar o sofrimento trágico (tomada de hábito de D Madalena e Manuel Coutinho) é, também, uma referência de todas as personagens. O Patriotismo e o Nacionalismo, também presentes na obra, são características do comportamento de algumas personagens e situações, nomeadamente o acto patriótico de Manuel Coutinho ao incendiar o seu palácio e o Sebastianismo alimentado por Telmo e Maria. A morte, um dos temas mais característicos do Romantismo, surge como solução aos conflitos desencadeados no decorrer da obra: morte física de Maria; morte espiritual de D Madalena e Manuel Sousa Coutinho; morte psicológica de Telmo.
É de referir, também, que Garrett tentou “introduzir-se” na obra e para tal, utilizou Maria. Esta, como voz do autor, opunha-se ao destino a que os pais se propuseram. No entanto, apesar de romântica, esta obra tem traços da Tragédia Clássica, pois podemos interpretar as diferentes situações com os elementos da tragédia: o Pathos (aflição de D Madalena quando interrogada por Maria); a Peripécia (as opções que Manuel Coutinho e D. Madalena tomam, a mudança que Telmo tem em ralação ao Sebastianismo); o Reconhecimento (a chegada do Romeiro); o Clímax (a decisão tomada por Manuel Coutinho em se suicidar para o Mundo) e, por fim, a Catástrofe (a morte, com diferentes sentidos, das personagens).

Mais informação em:
http://pt.shvoong.com/social-sciences/499646-frei-lu%C3%ADs-sousa-uma-obra/

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